A Deusa Celta de Portugal – Luiza Frazão

 

Quem é esta Deusa de dupla face?
Onde se encontram as Suas origens?
Onde se conservam as Suas antigas histórias e mitos?
Como resgatar e honrar esta herança espiritual e dela usufruir hoje em dia?

Na nossa religiosidade popular, para além dos oito festivais anuais que assinalam o movimento da Terra à volta do Sol, parece ainda persistir uma outra divisão do ano em duas partes distintas.

Esta dicotomia torna-se ainda mais nítida quando prestamos atenção às festas de Maio. Por essa altura, são honradas no território algumas das nossas Senhoras de aura mais arcaica, como a Senhora do Almurtão, a Senhora da Azenha, a Senhora dos Altos Céus, da Lousa e, obviamente, a Senhora da Cova da Iria. Esta última devoção, que à primeira vista teve origem num fenómeno recente do séc. XX, parece, na verdade, inserir-se numa tradição bem ancestral, numa espiritualidade pré-cristã e pré-patriarcal que tinha como divindade suprema uma entidade feminina.

De acordo com esta visão, o povo ainda hoje acolhe, com regozijo e exuberância, a Deusa na sua face de Rainha do Verão nestas celebrações, dela recebendo todas as graças e qualidades apotropaicas que reconfortam a vida e a alma.

Em Outubro, porém, Ela parte, ou antes, assume a Sua outra face de Rainha do Inverno, a Anciã furtiva, evasiva, velada, rigorosa e tempestuosa, como a estação a que preside, cujos dons, se soubermos aceitá-los, não deixam de ser igualmente preciosos.

19,90

Informação adicional

Autora

Luiza Frazão

Ano de Edição

2021

Encadernação

Capa Mole

Idioma

Páginas

192

ISBN

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