Campo Maior: No Centro de um Conflito Internacional – Rui Rosado Vieira
As últimas décadas do Séc. XVIII e as primeiras do século seguinte foram, em Portugal, Espanha, noutros países europeus, e no continente americano, tempos de guerra, de intensos conflitos sociais, de alteração de regimes políticos e de nascimento de novas nações independentes.
Tal onda de acontecimentos causou em Portugal pesadíssimos danos em bens e vidas das populações. Prejuízos e sacrifícios que não atingiram igual gravidade na generalidade das aldeias, vilas e cidades do país.
Campo Maior, aglomerado rural situada junto à raia, a uma dúzia de quilómetros de Badajoz, vai ter participação, com custos elevadíssimos, em todos aqueles sucessos históricos.
Os seus jovens, forçados pelas circunstâncias, vão trocar durante longos anos as roupas civis e os utensílios agrícolas pelas fardas militares e pelos piques e fuzis. Só no ano de 1808 foram criadas na vila duas unidades militares – o Regimento de Infantaria N.º 10 e o Batalhão de Caçadores N.º 5 –, formadas por naturais de concelhos do Alto Alentejo, sobretudo por campomaiorenses.
A vila cercada e tomada, em 1801 pelos espanhóis – onde em 1808 uma revolução patriótica contra a presença francesa saiu vitoriosa – e, novamente sitiada e ocupada, pelos franceses, em 1811, transforma-se durante a Guerra Peninsular numa espécie de mega quartel na qual, por períodos curtos ou longos, se acomodam largos milhares de soldados das mais diferentes nacionalidades.
A denominada “Guerra das Laranjas” e o Cerco de Campo Maior, em 1801; a primeira invasão francesa, com apoio do exército espanhol, em 1807-1808; a Revolução patriótica, em Julho de 1808; a participação de soldados de Campo Maior, ao lado do exército de Napoleão, nas campanhas do Leste Europeu, em 1808-1814; a presença de militares do antigo Regimento de Campo Maior nos confrontos surgidos no Uruguai e no Brasil, em 1816-1822; os reflexos da 2.ª e 3.ª Invasões Francesas na Vila; as campanhas militares do Regimento de Infantaria N.º 20 e do Batalhão de Caçadores N.º 5; e a turbulência política, ocorrida em Campo Maior entre os anos 1824-1834, constituem os temas centrais do presente estudo.
Estes acontecimentos, pela perda de vidas humanas, destruição de bens e instabilidade social entre a população, representam uma das épocas mais trágicas da história de Campo Maior.
16,00€
Informação adicional
Autor | Rui Rosado Vieira |
---|---|
Ano de Edição | 2020 |
Encadernação | Capa Mole |
Idioma | |
Páginas | 314 |
ISBN |
Apenas clientes com sessão iniciada que compraram este produto podem deixar opinião.
Avaliações
Ainda não existem avaliações.