Da Guerra em África às Operações Internacionais da Paz – Luís Loureiro Nunes

 

Desafiou-me o Comandante Luís Loureiro Nunes a escrever o prefácio desta obra, que vai muito para além de uma autobiografia, projectando o leitor para os meandros de acontecimentos que parecem já estar arrumados nos escaninhos da nossa história recente, nos planos político, militar e diplomático.

Escrita na primeira pessoa do singular, a narrativa assenta na condição militar do autor nas mais diversificadas missões, de cariz operacional, técnico-militar e, até, de índole diplomática. Neste contexto, irá o leitor constatar que o autor não foi um mero espectador nas missões em que se viu envolvido e nas situações complicadas daí decorrentes; antes pelo contrário, foi um actor que nunca saiu da boca de cena. Tal posição dá ao leitor a possibilidade de vivenciar os episódios e os factos aqui descritos com um realismo nimbado de emoção, quando se depara com momentos de ironia ou quando as situações já roçam a tragédia, assim como conhecer as vicissitudes por que passam os que, como o autor, estiveram na linha da frente na operacionalização das decisões políticas num difícil contexto temporal e geo-estratégico. [do Prefácio de MARIA LUÍS FIGUEIREDO]

Momentos destes, por algum motivo, fazem-me pensar que, habitualmente, as pessoas se orgulham do nome que têm, da família onde nasceram ou da terra e do país a que pertencem. Orgulham-se da sua história e dos seus antepassados. É uma circunstância muito humana e, direi eu, saudável, pois o amor próprio, em doses sensatas, nunca fez mal a ninguém. Claro que com o passar do tempo estes valores ou estes sentimentos, são com frequência desvalorizados, em favor de um suposto desprendimento quase apátrida. Fica bem, nalguns sítios, afirmar-se, ou melhor dizendo, proclamar-se (porque normalmente não se limita a afirmar, proclama-se) como “cidadão do mundo”, mesmo que nunca se tenha saído fisicamente da sua cidade ou do seu país. Já as decisões de vida que vamos tomando, durante o nosso percurso, essas sim, são da responsabilidade de cada um. Somos nós que decidimos, até mesmo pela indecisão e sempre com as nossas circunstâncias, o que queremos ser ou fazer. Como queremos viver a nossa existência. 

16,00

Informação adicional

Autor

Luís Loureiro Nunes

Ano de Edição

2022

Encadernação

Capa Mole

Idioma

Páginas

218

ISBN

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